Reproduzimos aqui a excelente análise feita por Reinaldo Azevedo a respeito do falacioso estudo do IPEA sobre a venda de armas e seu impacto na redução da violência.

Neste “estudo” esse instituto e a ong “pacifista” financiada por dinheiro do exterior espancam os números, os fatos e, mais uma vez, cometem uma violência contra a verdade.

Na campanha do referendo de 2005 acusaram o cidadão honesto de ser o maior responsável pelos homicídios no país. Perderam. A verdade se impôs. Agora isto.

Há uma frase atribuída a Einstein, em que dizia:  “a maior evidencia de loucura é fazer o mesmo e esperar resultado diferente”. No caso não se trata de loucura, mas da mais descarada e vil desonestidade.

Este é o link para o “estudo” do IPEA:
http://noticias.terra.com.br/brasil/regioes-do-brasil-mais-armadas-tem-taxa-de-homicidios-sete-vezes-maior,c0dfb907071cd310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

Leiam a íntegra da análise de Reinaldo Azevedo, onde se pode deixar um comentário.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-violencia-o-que-dizem-os-numeros-e-agrande-falacia-ou-o-que-o-ipea-e-a-viva-rio-querem-provar/

Reinaldo Azevedo – 01/04/2013 – às 16:21

A violência, o que dizem os números e a grande falácia.

 Ou: O que o IPEA e a Viva Rio querem provar?

No post abaixo, vocês veem que o IPEA fez um estudo sobre o impacto do Estatuto do Desarmamento na queda da venda de armas. E, tudo indica, forçou a mão para encontrar o que procurava. Caiu 35% entre 2003 e 2009.  Não conheço a base de dados. Não sei se o estudo trata da venda legal de armas, com os devidos registros. Digamos que seja assim e que o Ipea trabalhe com as informações as mais rigorosas.

A queda da  venda de armas, em si mesma, não é coisa boa nem coisa má, certo? O que  nos interessa é o seu efeito, o seu desdobramento. O Brasil tem um estudo sério sobre a violência no Brasil. Trata-se do Mapa da Violência.  Vamos ver o que aconteceu com os homicídios por 100 mil habitantes no país entre 2000 e 2010. Notem que vocês podem comparar os dados de referência usados pelo IPEA: 2003-2009:

Viram? A queda no número de homicídios no país foi ridícula: de 28,9 por 100 mil entre 2003 para 27 por 100 mil em 2009. E essa queda foi garantida por estados como São Paulo e Rio. Como o estatuto vigora no país inteiro, não apenas nessas estados, políticas locais de segurança devem ter feito  a diferença, ou o desarmamento teria tido um efeito positivo generalizado. Ocorre que os dados apontam na direção inversa.

O Mapa da Violência, diga-se, tem um estudo específico sobre morte por armas de fogo. Vejam o quadro.

Como se  nota, cresceu entre 2003 e 2009 a taxa de mortes por armas de fogo por 100 mil habitantes em 17 das 27 unidades da federação. Quedas significativas nessa modalidade só, de novo, em São Paulo e no Rio. Mas não só. Aumentou a participação de mortes por armas de fogo no total de homicídios. Em 2003, com efeito, tem-se um pico, há uma queda e, depois,  a curva volta a subir. Vejam:

Que importância tem isso?

“Que importância tem isso, Reinaldo?” A importância dos fatos. O  Brasil continua a ser um dos campeões mundiais da violência e um dos países em que mais se mata no mundo. A política  oficial se apega à falácia de que basta “desarmar” a sociedade para diminuir drasticamente essas ocorrências. Os fatos demonstram, então,  que não.

A única conclusão razoável desse estudo do IPEA e da ONG Viva Rio (e eles não chegam lá, claro!) é que a queda acentuada na venda de armas não concorreu para a diminuição dos homicídios e, particularmente, dos homicídios praticados com armas de fogo. Ao contrário: a sua participação no total de ocorrências cresceu.

Isso sugere que o desarmamento, da forma como se tenta promover no país, é irrelevante. A razão é simples: raramente os não bandidos matam — acontece, sim, mas é exceção. O desarmamento, por óbvio, não desarma o crime.

Se queremos diminuir a violência e a taxa de homicídios, não será com essa conversa mole de ongueiro paz e amor. É preciso política eficiente na investigação e na repressão. E também é preciso pôr um fim à impunidade. O resto é conversa de gente que aplaude o pôr do sol. Não que ele não mereça aplauso por cumprir a sua belíssima rotina. Mas não resolve o problema da violência. Há números e estudos provando que não.

O Ipea e a Viva Rio, quando confrontados com os fatos, encontraram o contrário do que procuravam. Mas vendem gato por lebre.

Por Reinaldo Azevedo    Tags: ,

 

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8 comments untill now

  1. Vanderlei J, R. Rodrigues @ 2013-04-02 21:09

    Está na hora das pessoas esclarecidas e serias tomarem atitudes de guerra.
    Como?
    Podemos começar homenageando todos aqueles que reagem a bandidagem, vivos ou mortos. Como o rapaz que morreu hoje em SP após reagir desarmado.
    Precisamos trazer os valores da dignidade humana de volta.
    Estamos em guerra e precisamos agir como lobos e não como ovelhas.
    Não adianta esperar nada melhor da mídia. Eles tem guarda-costas.

  2. srs governantes socorro socorro deixe nós nôs defender-mos destes monstros que atacam nossas residencias e a policia só vem depois que destruíram nossas famílias…
    deixem nós nôs defender…

  3. Evandro Regis @ 2013-04-03 15:26

    Não há qualquer sombra de dúvidas de que há uma distorção na interpretação dos números por parte do IPEA e do VIVA RIO.
    São pessoas que se aproveitam do “admirável gado novo” que é população mínima que os apoia.
    O detalhamento da pesquisa mostra a irresponsabilidade dessas entidades.

  4. junior cesar @ 2013-04-05 00:05

    Dias atras um imbecil do viva rio deu entrevista no globo news e sustentou que ter uma arma em casa não adianta nada contra a violencia pois segundo ele o bandido “sempre” tem a seu lado o fator surpresa e que esta arma não será alcançada a tempo. Que armas são “coisas” feitas para matar, não para defender, e quem as quer quer matar. Para terminar esse animal disse que na zona rural sim, pela falta de policia uma arma serviria para defesa da residencia.
    Bom, ele conseguiu ser contraditorio dizendo que na “cidade” arma não defende, mas, no sitio defende e ainda, se arma só serve para “matar” desarme todos os seguranças da dilma e de todos os politicos do PT e deem a eles maquininhas de choque.
    Na minha opinião a principal serventia da arma é que é esquecida, a “DISSUASÃO” que ela provoca salva mais vidas do que se pensa, na minha opinião se todos (capacitados) andassem armados existiria mais respeito. E para quem acha que homens são macacos irracionais e que portarem armas irão se matar é só observar as categorias armadas como Pms, civis, federais, etc onde raramente (desprezivelmente) um chega ao ponto de sacar a arma para outro em uma briga ou disculsão e atirar então é mais dificil ainda. E porque é assim? equilibrio de forças.

  5. a incerteza do bandido se voce esta armado vai torna-lo menos agressivo
    quem “c” tem medo
    vamos nos voltar a armarmos
    não é uma questão se voce é mais rapido no gatilho ou esta preparado quando do asalto
    o caso que na duvida que voce esta armado faz o bandido ter mais medo
    concequentemente menos assaltos e etcs …
    PS:-UM POVO DESARMADO É MAIS FACIL DE SER DOMINADO
    CUIDADO COM O “PT”

  6. Senhores,é muito fácil resolver esta falacia,basta olhar
    ou pesquisar os países que deixa seu povo se defender
    e vera que a criminalidade é baixa, exemplo,se você fosse um bandido iria roubar uma casa onde as pessoas
    estão armadas ou desarmadas?
    RESPOSTA=

  7. Os únicos interessados em desarmar o cidadão honesto são o PT e a bandidagem em geral para que os crimes continuem como,roubos oficiais (mensalão)e assassinatos em geral, não temos o direito de reagir. Esta evidente que o estatuto do menor e campanhas de desarmamento só fazem aumentar a criminalidadde. Mexam-se mandem emails para seus deputados e senadores, isto funciona, vejam o que meia duzia de ativistas estão fazendo na comissão de direitos humanos.

  8. Claudoir Riepe @ 2013-06-02 19:22

    Sem dúvida que, se houvesse lei para reduzir o custo e permitir o porte de arma por um número maior de pessoas, com testes de capacitação e psicológicos para isso, os bandidos começariam a pensar no fator de risco antes de cometerem seus crimes. Quanto à possibilidade de pessoas se matarem pelo simples fato estarem armadas em uma simples discussão… existe o risco calculado.
    Jamais vou sacar minha arma sabendo que o outro também pode estar armado.

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