Caros amigos, especialmente atiradores desportivos:

    [img:Imagem_016blog.jpg,full,alinhar_esq_caixa]Atendendo a convite do Dep Guilherme Campos, Presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), estive na Câmara Federal, em 29/11/2007, com um aguerrido grupo que incluía Benê Barbosa, Presidente do Movimento Viva Brasil (MVB), Nelson Barretto, jornalista ligado ao Pela Legítima Defesa (PLD), [img:Imagem_013blog.jpg,full,alinhar_dir_caixa]autor do comentado livro “A Revolução Quilombola”, e representantes da atividade de Tiro Prático, incluindo-se o Presidente da Confederação Brasileira, Heraldo Ribas e o Presidente da Federação Paulista, Roberto Saldanha, além do Cel Marco Antonio dos Santos, da Reserva do Exército, destacado combatente do NÃO durante a campanha do Referendo e membro da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo.

    O objetivo era debatermos em uma audiência pública convocada pelo Dep Guilherme Campos (DEM/SP), relator do PL 152/2007, de Neucimar Fraga (PR/ES), ao qual foi apensado o PL 459/2007, de Paulo Pimenta (PT/RS).

    [img:Imagem_015blog.jpg,full,alinhar_esq_caixa]O fato é que quase ninguém prestou atenção aos referidos projetos, cuja tramitação correu sem intervenção alguma dos prejudicados, especialmente os atiradores desportivos. O que disparou o alarma foi o relatório do parlamentar paulista, extremamente desfavorável a essa categoria, constituída de pessoas de bem, ordeiras, respeitadoras da lei, hoje sujeitas à severa fiscalização exercida pelo Exército nos termos do R-105.

    O PL prevê a proibição total da recarga de munição por parte de atiradores cadastrados e a transferência da fiscalização da recarga efetuada por clubes e federações à Polícia Federal, o que provavelmente dificultaria sobremaneira o processo, devido à notória incapacidade material da PF para assumir mais esse considerável encargo. O argumento é aquela velha falácia demolida pelo voto popular no Referendo: a de que os atiradores desportivos que possuem equipamento de recarga são os responsáveis pelo tráfico ilícito da munição que abastece o crime.

    [img:Imagem_014blog.jpg,full,alinhar_esq_caixa]Por volta das onze horas, fomos surpreendidos com a notícia de que não havia na CSPCCO quorum de Deputados para instalar a Audiência Pública. Ficamos evidentemente desconsolados, mas o Dep Guilherme Campos, para reparar esse demérito parlamentar, convidou-nos a conversar e expor nossos pontos de vista, no gabinete da referida Comissão. Mostrou-se excelente ouvinte, ponderado e razoável.

    Depois de ouvir a nossa argumentação e de debater vários pontos dela, solicitando informações e trocando idéias, declarou-se disposto a reformular totalmente o seu próprio Parecer, convencido que ficou da equivocidade do projeto de lei, idealizado para prejudicar, sob falsas alegações, uma categoria de pessoas que só bem fazem à têmpera da Nação, constituindo-se, entre outras sadias coisas, numa verdadeira forja de campeões mundiais e olímpicos.

    A anunciada atitude do Dep Guilherme Campos exigirá, convenhamos, [img:Imagem_012blog.jpg,full,alinhar_dir_caixa]um bocado de tutano. Senti sinceridade na pessoa dele e acredito que cumprirá o compromisso assumido. Por outro lado, se estivéssemos mais atentos, poderíamos haver evitado a necessidade desse “tour de force”, pois, assim como nos ouviu agora, o parlamentar não se teria recusado a ouvir-nos antes de emitir seu relatório. Se eu chegar a assumir minha cadeira na Câmara, não tenham dúvida de que meu gabinete será a guarita de onde vigiaremos tais nefastas iniciativas. Mas, por ora, temos de nos organizar para acompanhar mais de perto a atividade parlamentar.

    Sempre na trincheira,
    Cel PAES DE LIRA

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