ADEUS ÀS ARMAS ?

Srs.

Um artigo lúcido publicado na Folha de São Paulo, caderno Ilustrada do dia 17/03/2009, vem ao encontro daquilo que sempre afirmamos. Armas de fogo são imprescindíveis instrumentos de defesa nas mãos de cidadãos honestos contra a sanha assassina de desajustados e tiranos. O resto é falácia daqueles que querem um regime totalitário, justificando o desarmamento civil com mentiras.

Ao final, links noticiando ataques semelhantes onde os criminosos usaram veículos e facas contra vítimas indefesas.

Enviemos mensagens de apoio ao autor, Sr. JOÃO PEREIRA COUTINHO nos endereços:

jpcoutinho@folha.com.br
jpcoutinho@jpcoutinho.com

Também é importante enviarmos com cópia para “Painel do Leitor” – leitor@uol.com.br , fax (0/xx/11/3223-1644) e para ombudsman@uol.com.br .

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone.

    [img:lgo_folha_online_210x45_ffffff_2.gif,full,alinhar_esq_caixa]

    JOÃO PEREIRA COUTINHO

    Adeus às armas?
    ________________________________________
    O único jeito de proteger escolas de um agressor é ter pessoas que parem uma arma com outra.
    ________________________________________

    COMEÇA A ser clichê: um estudante entra em escola armado; aponta a arma a colegas e professores; dispara; mata alguns, fere outros; a polícia chega tarde e persegue o criminoso quando o massacre está feito; o criminoso suicida-se porque se sente encurralado. Corre o pano.
    Nos dias seguintes, entram em cena outros delinquentes: “especialistas” em coisa nenhuma que dissertam sobre os “males da juventude”. Como explicar que jovens aparentemente normais possam cometer semelhantes atrocidades? Os “especialistas”, que visivelmente nunca leram Hannah Arendt sobre a “banalidade do mal”, oferecem conversa nula e conhecida: os jovens têm acesso fácil a armas, e as armas, por definição, são um convite à matança.

    Curioso. Os “especialistas” ignoram, ou propositadamente esquecem, que países como a Suíça, onde existe praticamente uma arma em cada casa, têm das mais baixas taxas de criminalidade do mundo. O Japão, onde a proibição é quase total, também. Suprema heresia: será possível que não exista nenhuma relação entre a posse de armas e o número de crimes? E, quando não são as armas, é o resto: uma cultura de violência, promovida pela TV, pelos filmes de Hollywood e pelos jogos de vídeo, que arruina os pobres neurônios das crianças.
    Elas veem violência, elas querem violência: uma reação pavloviana e primitiva. Curioso novamente. Os “especialistas” ignoram, ou propositadamente esquecem, que o mundo pré-televisivo era incomparavelmente mais violento do que o mundo pós-televisivo e anestesiado de hoje. Leiam história. Ou perguntem aos vossos bisavós. Feito o diagnóstico, vêm as soluções: proibir as armas; proibir a violência nos filmes, nos jogos e, de preferência, no mundo inteiro; espalhar exércitos de psicólogos nas escolas, dispostos a acompanhar e a vigiar a saúde mental das crianças. Ao mínimo sinal de alarme, internamento com elas!

    Aconteceu novamente: não nos Estados Unidos, essa pátria de imoralidade sem fim. Mas na Alemanha, país europeu com legislação rigorosa sobre a compra e posse de armas. Um jovem criminoso, Tim Kretschmer, entrou na escola e foi matando. Saldo: 15 mortos. Minto: 16. Tim foi o último da contagem, por suas próprias mãos. Nas horas posteriores, todos os clichês sobre “massacres escolares” voltaram a ser ouvidos: as armas; o cinema; os jogos; o Mickey.

    Longe de mim perturbar a sabedoria dos “especialistas”. Mas posso contar uma história nunca contada que o jornalista Phil Valentine relembrou recentemente em obra sobre o assunto? Era uma vez nos Estados Unidos. Mais propriamente em Pearl, cidade do Mississippi, corria 1997. Um jovem de 16 anos, Luke Woodham, entrou na escola local com uma arma. Matou dois estudantes, feriu sete. Posso contar outra história? Era uma vez nos Estados Unidos.

    Mais propriamente em Edinboro, cidade da Pensilvânia, corria 1998. Um jovem de 14 anos, Andrew Jerome Wurst, entrou na escola local com uma arma. Matou um professor e feriu mais três pessoas. Não quero abusar. Mas posso contar mais uma? Era uma vez no mesmo país. Mais propriamente em universidade da Virginia, corria 2002. Um antigo estudante de 43 anos, Peter Odighizuwa, entrou na faculdade com uma arma. Matou três pessoas e feriu outras três.

    E vocês sabem por que motivo esses episódios nunca foram narrados na mídia tradicional com a intensidade dedicada à infame escola de Columbine? Porque eles tiveram final “feliz”. Ou infeliz, dependendo da perspectiva: apesar dos mortos envolvidos, os massacres poderiam ter sido incomparavelmente maiores. Não foram. E não foram porque os criminosos acabaram sendo imobilizados a tempo por pessoas com armas: funcionários ou professores.

    A moral dessas histórias não é simpática. Mas quem disse que o mundo era simpático? Jovens alienados continuarão a entrar nas escolas de todo o mundo, dispostos a cometer o impensável e a horrorizar as nossas sociedades. Essa fatalidade não se explica pelas armas, pelos filmes, pelos jogos; mas, repito, porque existem jovens alienados dispostos a cometer o impensável e a horrorizar as nossas sociedades.
    A única forma de proteger as escolas não está em desarmá-las perante um agressor desse tipo. Está em permitir que exista em cada uma delas alguém -um professor, um funcionário, um diretor, na impossibilidade de um policial permanente- que possa parar uma arma com outra arma. O resto são filosofias românticas e vagas: filosofias que servem de pouco quando o criminoso tem um revólver, e os inocentes, não.

    jpcoutinho@folha.com.br

    Os artigos abaixo corroboram as afirmações do autor.
    Assassino de Tóquio avisou em site que cometeria massacre
    Homem com faca mata 7 e fere ao menos 11 no centro de Tóquio
    Homem esfaqueia 18 pessoas em Tóquio e deixa seis mortos
    Homem esfaqueia ao menos 14 pessoas em Tóquio

Trackback

3 comments untill now

  1. Rodolpho Villas Boas Neto @ 2009-03-19 07:59

    O que chega a ser comico e ao mesmo tempo revoltante é de quanto tem estes ataques Japonesses com Facas a Globo nem fala nos seus Jornais(se é que dá para serem denominados de jornais) Pois para mim nada mais que uma rede de lavagem cerebral e coeção do Individuo
    Pergunto porque o prenconceito contra Armas De Fogo? Pistólas,Revolveres,Carabinas ,Rifles,Fuzis ,
    Escopetas,Metralhadoras e Sub Metralhadoras Há de certo uma conspiração de anti armas nisso tudo!!!!
    O Ser Humano merece uma chance para escolher se Auto Defender-se e se Auto Preservar e a sua Familia e sua Casa Então é extremamente Perigosso e Errado botar culpa em Armas e querer Desarmar o Cidadão Transformando o assim em um “Fantóche”,um “Jõao Bobo” os Marginais adóram os Piseudos Intelctualoides e Formadores de Opinião sempre disser o bordão famosso do”Não Reaga” Pois se sentem livres donos de tudo e todos e saem para atacar a sociedade estuprar,matar ,roubar,traficar, se são pegos pela Policia quando não matam um Policial Tambem dão risadas cinicas pois umas certas ONG, algums Padrecos Esquizitões irão os defendelo de tudo e de todos e ainda os farão passar pelo papel fajuto de “Vitimas da Sociedade ,Minorias Rejeitadas e Revoltadas”(Como se Fosse Motivo Para que Alguem se Tornasse um Bandido um Traficante um Assasino) e nestas Mensageiras de Satã Denominadas ONG,S começam a se sentir verdadeiros semi Deuses fazendo Letras de Rap para Bandidos como eles são tambem ouvirem e etç….
    Ninguem se Torna um Despota um Tirano um Terrorista um Criminosso ou um Pisicopata por causa do livre comercio de Armas como é nos EUA e Infelizmente Não é aqui no Brasil Tambem ha varios fatores se pensasemos pela cabeça de 2 neuronios desses estudiossos de violencia ,sociólogos,filósofos,ongueiros
    Teria que ser asim 1-quem compra Automovel faz Rachas ou pegas e dirige Bebado
    2-quem compra uma Cerveja mesmo que uma só é alcolatra que vai chegar em casa e espancar os filhos e a mulher
    3-quem compra um cigarro tem Cancer
    4-quem pratica Musculação (Não tem conversa nem precisa conhecelo é viciado em Bomba e esteroide
    Viu só Algums exenplos de que se extremar ou radicalizar em uma coisa um asunto só traz Danos e Preconceitos e isso não é bom
    Ninguem Nunca falou que estes doentes mentais que de vez enquando fazem tragédias com inocentes seja em colégios,igrejas ,festas e etç.. é porque ele tinha toda a certeza do mundo que não encontraria reação pois se tivesse só uma duvida parava pois se insistisse iria levar chumbo e morrer
    Igual a um comentario do “Olavo De Carvalho” uma vez falou porque sera que estes doidos não tentam aprontar na sede da NRA ou em algum Campo de Tiro Norte Americano? a resposta é simples antes de disparar o primeiro tiro ja levaria varios levaria tantos tiros que ficaria identico a uma peneira
    e essa resposta (o artista só apararece aonde o publico esta e dependendo do publico talvez nem apareça) e alguem ja parou para perguntar sobre os Filmes de Hollwood, tem filmes que nem deveriam ter permissão para serem exibidos!!!!! pois podera mexer coma cabeça de ums revoltados loucos desajustados mentais pervertidos morais e etç etç…
    Essa é minha opinião a
    opinião de quem é Ferrenhamente contra o Absurdo chamado estatuto do Desarmamento
    Contra taxas e impostos e registros conficativos
    contra a Restrição de Calibres
    contra a Proibição do Porte ou posse de Armas por civis!!!!!!!!!! Muito Obrigado
    Rodolpho Villas Boas Neto
    Um Pró Armas Engado que insiste persiste mais nunca desiste

  2. Parabéns pelo artigo,
    Ainda bem que há pessoas de bom senso na imprensa

    O texto abaixo também nos mostra o tipo de situação que vivemos; antes fosse ficção mas é a pura realidade.

    abraços
    Eduardo S. D’Elia

    “Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal
    de casa.
    Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.
    Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranqüilamente.
    Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço.
    Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.
    Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.
    Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:
    Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal.
    Não precisa mais ter pressa.
    Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardado em casa para estas situações.
    O tiro fez um estrago danado no cara!

    Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
    Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado.
    Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
    No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
    Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
    Eu respondi:
    Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.

    Autor: Luís Fernando Veríssimo.

  3. Luís Augusto Panadés @ 2009-03-31 14:00

    Vou esquecer todas as justificativas, subvenções e embasamentos e me ater simplesmente à matemática.

    Vamos simplificar e fazer simplesmente uma conta: Quantas pessoas morrem nesses massacres à cada 10 anos numa sociedade armada e quantas pessoas morrem para o crime numa sociedade “desarmada”?

    Simples, aposto que nos Estados Unidos super armados não morre 1/10 das pessoas que morrem aqui por causa do crime, contando inclusive os massacres no mesmo saco.

    A soma das mortes causadas por massacres do tipo Columbine mais das mortes oriundas do crime numa sociedade armada como os Estados Unidos deve ser 1/10 do nosso numa sociedade desarmada.
    No ano de 2008 nos estados Unidos foram vendidas para civis doze milhões e setecentos mil armas só para civis… Será que existe esse número de armas no Brasil inteiro?

    Algo esta errado conosco!

    Falácias e mentiras à parte… imputações de lógica ilógica e sofismáticas à parte… tirando toda essa besteira de paz fictícea e proteção do estado ao cidadão…
    Tirando tudo isso eu fico com a boa e velha matemática que nunca nos deixou na mão… fazendo a conta eu opto por sociedades super bem armadas e pronto.

    Mas eu tenho argumentos para seguir outras linhas de raciocínio, simplesmente neste momento não quero, como disse… fico com a minha amada matemática, contra ela ninguém pode colocar dúvidas, é universal!!!!!!!!!!

Add your comment now


+ 7 = doze