Capivarol sem ambientalistas

 

Amigos, o tema a seguir também faz parte dos ideais de liberdade pelo qual lutamos, pois a pratica da caça esportiva implica no uso de armas de fogo e por isso alvo dos liberticidas.

No final desta crônica, seguem meus comentários.

Capivarol sem ambientalistas

http://www.jacintoflecha.blog.br/2014/05/capivarol-sem-ambientalistas.html#.VZKRTkaLV6

Jacinto Flecha – AGUDAS & CRÔNICAS

Quem viveu em cidades grandes na época do bonde deve lembrar-se de algumas propagandas afixadas no interior desses desajeitados veículos, com versos facilmente memorizáveis. Melhor dizendo, obrigatoriamente memorizáveis, pois lidas e relidas diariamente.

Cito de memória esta, de uma loja que vendia bilhetes de loteria em Belo Horizonte:

Cansado de andar “de tanga” / Um dia a gente se zanga / E sai, danado da vida / Mas logo “cava” dinheiro / Comprando um bilhete inteiro / No Campeão da Avenida.

Outra, cujo âmbito de circulação não se limitava à capital mineira, enaltecia as virtudes terapêuticas de um produto para males dos pulmões:

Veja, ilustre passageiro / O belo tipo faceiro / Que o senhor tem a seu lado / Mas, no entanto, acredite / Quase morreu de bronquite / Salvou-o o Rhum Creosotado.

Esses artifícios de propaganda chamavam a atenção de todos. Não sei se ajudavam a vender, pois nunca me convenceram a comprar o artigo do Campeão da Avenida, nem usar o Rhum Creosotado. Mas eram pelo menos divertidos.

Havia outros artifícios cujo resultado comercial deve ter sido bom, pois precisava compensar o custo dos milhões de exemplares de propaganda distribuídos gratuitamente em todo o Brasil sob a forma de almanaques.

O formato era geralmente de brochuras pequenas, contendo muitas informações úteis e instrutivas. Não a ponto de garantir um diploma universitário, nem era essa a sua função.

Há pessoas que ainda hoje guardam com carinho coleções preciosas desses almanaques, e se deliciam em mostrá-las aos amigos.

Calma, leitor! Já estamos perto do meu alvo de hoje. Mas antes de tratar dele, preciso referir-me a um dos almanaques mais famosos – o do Capivarol.

Não me lembro especificamente de informações colhidas nas várias edições que manuseei, mas certamente elas se incorporaram ao meu acervo cultural, enriquecendo-o difusamente com essa “cultura de almanaque”.

Capivarol deixou de ser fabricado, provavelmente devido à proibição da caça. E assim os ambientalistas radicais privaram a população de um produto presumivelmente terapêutico, e também do seu famoso almanaque. Mas a minha bronca é estar impedido de consumir a carne de capivara. Chegamos, afinal. E já estou percebendo o focinho torcido de algum ambientalista extraviado, que chegou até aqui atraído pelo título desta crônica.

Para cortar pela raiz qualquer patrulhamento ideológico, deixo claro que há muito tempo não tenho o prazer de caçar capivaras e comer sua carne, da qual tenho irreprimível saudade.

Se não proliferassem atualmente ambientalistas insensatos, capazes de proibir liminarmente a caça de animais predadores como javali, lobo e capivara, eu faria a esses leitores extraviados o convite para uma caçada de capivaras, durante a qual demonstraria também minhas habilidades com arco e flecha. Concluída a caçada, teríamos um banquete com carne de capivara.

Não consigo entender que ambientalistas radicais se empenhem na insensata proibição da caça de animais predadores, sem estabelecer medidas práticas para evitar efeitos indesejáveis.

Muitos desses efeitos já são patentes no Brasil e em outros países.

Conheça alguns deles, que menciono apenas como exemplos:

• Lobos – Sempre foram animais predadores, prejudiciais e perigosos, a ponto de os contos de fada alertarem as crianças contra o “lobo mau”. Apesar de regularmente caçados, nunca foram eliminados. Agora estão livres para os estragos que costumam fazer, e não são poucos os prejuízos que vêm causando.

• Elefantes – A caça desses graciosos e esbeltos bibelôs, cuja alimentação diária atinge 120 quilos, foi proibida para inibir os negociantes de marfim. Os bibelôs se multiplicaram, e hoje sua módica dieta devasta grande parte das savanas africanas.

• Javalis – Parente próximo do porco, esta espécie selvagem é perigosa e agressiva, inclusive para o homem. Proibida a caça, está livre para dizimar animais de criação.

• Lebre europeia – Sua multiplicação rápida inviabiliza o cultivo de hortaliças, maracujá, laranja e café. É predador dos coelhos nativos.

• Maritacas – Aves conhecidas como “ratos voadores”, causam danos a diversos cultivos, como sorgo, girassol, frutas e grãos; e destroem a fiação elétrica.

• Raposas – Sempre eram caçadas, para proteger os animais de criação, e a proibição da caça está tornando impossível muitas dessas atividades.

• Capivaras – Destroem a vegetação e disseminam doenças mortais, mas a lei ambiental tornou-as intocáveis.

• Ambientalistas – Predadores de grande porte e curta inteligência, muito protegidos pela mídia. Refugiam-se em malocas dos governos mundiais e se alimentam com voracidade nos incentivos fiscais. Manipulam teorias catastrofistas contra o progresso, impedem pesquisas científicas, retardam e encarecem obras necessárias.

A esta altura da sanha ambientalista contra a caça, não faltam capivaras para fabricar Capivarol e satisfazer minhas preferências gastronômicas. Mas antes será preciso promover uma caçada sistemática a ambientalistas radicais e insensatos…

(www.jacintoflecha.blog.br)

Esta coluna semanal pode ser reproduzida e divulgada livremente.

Comentário:

A caça regulamentada que consiste no manejo sustentável da fauna como recurso renovável, que alguns entendem como esportiva e outros como uma tradição ancestral que vem sendo passada de geração em geração – um forte chamado da natureza que muitos não conseguem entender – gera acalorada polêmica e a histeria dos contrários, mas os fatos insistem em mostrar que é o dinheiro dispendido pelo caçador que sustenta a preservação.

Governos tão carentes de recursos e assoberbados com prioridades como educação, saúde e segurança, para citar as mais prementes, não dispõem de recursos necessários para investir na preservação. Nem falemos da corrupção.

Portanto, quem paga essa conta? O discurso raivoso dos ambientalistas não gera os necessários recursos. O que fazem é aglutinarem-se em ongs que demandam o escasso dinheiro público para as suas ações “salvacionistas”. E também muitos litros de um bom escocês.

Assim, quem vem pagando essa conta e contribuindo para a preservação é o caçador desportista, que investe na preservação justamente para que possa praticar a atividade venatória ano após ano.

Essa atividade salvou inúmeras espécies da extinção e vem sendo desenvolvida com sucesso nos EUA, Europa e por nossos vizinhos Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai, além de contribuir enormemente para a preservação de outras que não são objeto da atividade.

Aqui, além da cegueira ideológica com relação ao assunto, temos um desgoverno liberticida empenhado em desarmar o cidadão de bem para fins de dominação social.

Temos poucas autoridades ambientais que realmente conhecem o assunto e sabem dos benefícios que a caça regulamentada trariam, mas como minoria não tem voz e sofrem a perseguição da patrulha do politicamente correto. Além disso, para praticar a atividade são necessárias armas de fogo. Mas como regulamentar a atividade com armas se o desgoverno quer nos desarmar?

No link abaixo, um belo discurso de um conservacionista que entende que ninguém preserva aquilo que não dá lucro, e pior ainda, causa prejuízo, demonstrando como a proibição da caça leva a extição das espécies.

As pessoas bem intencionadas e movidas somente pelo sentimentalismo e distantes da realidade assinam listas simplesmente pedindo a proibição da caça, mas não se perguntam ou não querem saber quem paga a conta e o resultado é o prejuízo ambiental.

Parece que estão começando a perceber que não existem soluções fáceis e que ninguém tem mais interesse na conservação do que o caçador, aquele sujeito “malvado” que põe a mão no bolso e quer o ambiente preservado para que sua paixão em estar em contato com a natureza também seja preservada. Essa é uma conta de adição, onde todos ganham.

Na Flórida o urso negro estava praticamente extinto há duas décadas e graças ao trabalho de ambientalistas sérios e daqueles que põe a mão no bolso, nesse curto espaço de tempo foi possível reabrir a caça sustentável da espécie.

Aqui a caça esportiva foi proibida por ignorância com relação ao assunto e preguiça de procurar soluções, as quais bastavam ser copiadas dos países onde deram certo. Liberaram, portanto, a caça furtiva, que não respeita quantidades, espécies e períodos de procriação. Mais um bonde da história perdido pelo Brasil. Mas último vagão está logo ali e ainda é possível alcaçá-lo.

Saudações cinegéticas.

José Luiz de Sanctis

Como a proibição da caça acabou com os leões de Botswana

http://sportingclassicsdaily.com/issue/june-2014/article/how-conservation-efforts-killed-the-lion-in-botswana

Flórida autoriza caça de ursos negros pela primeira vez em duas décadas.

http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/06/florida-autoriza-caca-de-ursos-negros-pela-primeira-vez-em-duas-decadas.html

 

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2 comments untill now

  1. Não aprecio a caça esportiva!
    Posso até ser considerado como hipócrita no sentido de consumir carne adquirida no açougue.
    Mesmo carnes de comercialização permitida, para alguns tipos também não adquiro por ser contrario, tipo carneiro, cabrito, entre outras, acho.
    Sem delongar, pois não convencerei os amantes da caça esportiva e vice-versa, podem contar comigo para apoio ao porte de arma para legitima defesa, do mais, não engrossaria o time, desculpem!

  2. Prezado Amauri, não há do que se desculpar. Respeitamos sua opinião.

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