O Deputado Lael Varella (DEM-MG), que sempre defendeu o direito à propriedade e ao porte de armas para legítima defesa pelo cidadão honesto, proferiu ontem (27-02), um vibrante discurso em homenagem aos policias brasileiros e defendo o direito à legitima defesa, cintado o artigo “Namorando com o suicídio” de J.R. Guzzo, publicado neste blog no dia 04/02.

Assim, mais uma vez enviemos nossos agradecimentos ao Dep. Lael Varella pelo posicionamento.

Envie sua mensagem para dep.laelvarella@camara.gov.br ou acesse www.deputadolaelvarella.com.br e deixe sua mensagem em Fale Conosco.

Ao Deputado os nossos agradecimentos e cumprimentos pelo pronunciamento.

Segue abaixo a íntegra do discurso.

José Luiz de Sanctis

Coord. Nacional


Câmara dos Deputados – Seção 018.3.54.0 – Hora 14:02.

O SR. LAEL VARELLA (DEM-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a facilidade com que governantes e cidadãos passaram a aceitar o convívio diário com a criminalidade e o mal em estado puro é perturbadora.

É um “tudo bem” crescente. Eles aceitam como normal o que é anormal – um “tudo bem” que policiais sejam assassinados quase todos os dias; um “tudo bem” que 90% dos homicídios jamais cheguem a ser julgados; um “tudo bem” que delinquentes privatizem para seu uso áreas inteiras das grandes cidades…

Encontramo-nos ‘tão bem’ que a última grande ideia do governo sobre segurança é uma campanha de propaganda que recomenda ao cidadão se proteger e proteger a sua família, desarmando-se. Convenhamos, Sr. Presidente. Isso é cortejar o suicídio.

Essa mensagem é a conclusão do excelente artigo de José Roberto Guzzo publicado na revista Veja (30/1/13) e que recebi da associação Pela Legítima Defesa.

O autor mostra com clareza a situação da segurança pública em nosso país e afirma que as arbitrariedades e a corrupção devem ser punidas em todas as profissões, mas o apoio às forças policiais é obrigação de nossos governantes e de cada cidadão.

O jornalista de Veja afirma ainda que se nada piorar em 2013, cerca de 250 policiais serão assassinados no Brasil até o dia 31 de dezembro. Com efeito, Sr. Presidente, é uma história de horror, sem paralelo em nenhum país do mundo civilizado. Mas estes foram os números de 2012 e não há nenhuma razão para imaginar que as coisas fiquem melhores em 2013.

Para o arguto articulista, o fato de que um agente da Polícia seja morto a cada 35 horas passou a ser aceito com indiferença cada vez maior pelas autoridades que comandam os policiais e que têm a obrigação de ficar do seu lado. A tendência é que essa matança continue sendo considerada a coisa mais natural do mundo – algo que acontece, como os engarrafamentos de trânsito de todos os dias.

Guzzo continua: Há alguma coisa profundamente errada com um país que engole o assassínio de seus policiais – e, com isso, diz em voz baixa aos bandidos que podem continuar matando à vontade, pois, no fundo, estão numa briga particular com a polícia, e ninguém vai se meter no meio.

Essa degeneração é o resultado direto da política de covardia a que os governos estaduais brasileiros obedecem há décadas diante da criminalidade.

A situação é mais grave em São Paulo. Desde que Franco Montoro (1982) admitiu a ideia de que reprimir delitos é uma postura antidemocrática – e que a principal função do estado é combater a violência da polícia, não o crime – a consequência não tardou. Apenas em 2012, mais de 100 policiais paulistas assassinados. Notem bem, o atual governador não compareceu a um só enterro de seus homens de armas. 

E continua Guzzo: As dezenas de grupos prontos a se indignar 24 horas por dia contra os delitos da polícia, reais ou imaginários, nada viram de anormal na conduta do governador. A mídia ficou em silêncio. É o aberto descaso pela vida, quando essa vida pertence a um policial.

A realidade descrita pelo jornalista de Veja é impactante: A moda predominante nos governos estaduais, que vivem apavorados por padres, jornalistas, ONGs, advogados criminais e defensores de minorias, viciados em crack, mendigos, vadios e por aí afora, é perseguir as suas próprias polícias – com corregedorias, ouvidorias, procuradorias e tudo o que ajude a mostrar quanto combatem a arbitrariedade.

É crescente o número de promotores e juízes que não veem como sua principal obrigação obter a condenação de criminosos; o que querem é lutar contra a higienização das ruas, a postura repressiva da polícia e ações que incomodem os excluídos.

Guzzo termina denunciando a campanha suicida do governo que recomenda ao cidadão: Proteja a sua família. Desarme-se.

Sr. Presidente, quero expressar junto com o movimento Pela Legítima Defesa, na pessoa do coordenador nacional o Dr. José Luiz de Sanctis, o nosso apoio, solidariedade e reconhecimento pelo árduo e perigoso trabalho exercido pelas forças policiais de nosso país. 

Saibam que, a despeito do descaso dos governantes, a população apoia e reconhece o imprescindível trabalho da polícia.

Tenho dito.

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