Amigos participantes do PLD, segue abaixo excelente e extremamente oportuno artigo do Prof. Denis Lerrer Rosenfield, professor de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que, como o PLD vem afirmando desde a sua fundação e que é um fato conhecido desde Aristóteles: o desarmamento civil interessa apenas aos tiranos. Governos com pretensões totalitárias, como o nosso, e à ONU, com suas pretensões de se tornar um governo mundial, não desistem desses objetivos. Observem que o Prof. Denis utiliza estatísticas da própria ONU e da Smal Arms Survey para desmentir os argumentos dessas organizações desarmamentistas. Portanto, qualquer desculpa tentando justificar o desarmamento civil, o desarmamento dos honestos não passa de uma falácia e de uma grande mentira para encobrir o principal objetivo que é o controle social.
Enviemos cumprimentos ao Prof. Denis no e-mail: denisrosenfield@terra.com.br e comentários ao Jornal o Estado de São Paulo em forum@estadao.com
Leiam e divulguem.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-revolver–e-a-faca-,915732,0.htm
O revólver e a faca
O Estado de São Paulo 13 de agosto de 2012.
DENIS LERRER ROSENFIELD
PROFESSOR DE FILOSOFIA, NA UFRGS. E-MAIL: DENISROSENFIELD@TERRA.COM.BR
Um crime literalmente horroroso foi cometido na cidade de Porto Alegre, num destes últimos dias, envolvendo uma família de classe média alta. Um bioquímico, supostamente por motivos de ciúme e traição de sua mulher, matou-a a facadas. Aliás, segundo a perícia, algumas dessas facadas, antes das mortais, foram para fazê-la sofrer, prenúncio vívido do que lhe aconteceria a seguir. Não satisfeito, o assassino foi ao quarto do filho do casal, de 5 anos, e o esfaqueou, matando-o na própria cama. O motivo novamente alegado foi o de que a criança não poderia viver sem a mãe.
Friso a expressão “motivo alegado” com o intuito de mostrar a futilidade da razão apresentada e seu caráter particularmente cruel. Note-se que não estamos diante de um problema “social”, na medida em que o casal vivia num bairro de classe média alta e desfrutava boa condição de vida: a mulher era enfermeira e o marido, funcionário público e sócio de um laboratório.
Acontece que esse crime foi simultâneo ao de um americano que assassinou várias pessoas numa sessão de cinema, no Estado do Colorado. Logo depois, outro episódio semelhante teve lugar também nos EUA, com o assassinato de vários membros da seita sikh, de origem indiana.
O assassinato, a facadas, de uma mulher e de seu filho de 5 anos mereceu apenas algumas páginas regionais na seção policial, enquanto os dois episódios americanos ocuparam manchetes de jornais nacionais e da mídia em geral. Tornou-se uma grande notícia, exigindo comentários de “especialistas”.
Ora, boa parte dos ditos especialistas convocados apressou-se a declarar que o problema residia na ausência de controle de armas nos EUA. Se eles seguissem o exemplo do Brasil, tudo estaria resolvido!
O politicamente correto brasileiro, seguindo o seu congênere americano, dito “progressista”, logo se erigiu em juiz dos crimes americanos, advogando o desarmamento naquele país e, indiretamente, no nosso. É como se os legisladores americanos devessem aprender com os nossos! Esse tipo de formador de opinião imediatamente alardeou que o Brasil conhece a solução, podendo ensiná-la a esses americanos ignorantes.
Considerando que a justiça exige critérios equitativos, poder-se-ia perguntar: por que o crime brasileiro não suscitou toda uma campanha midiática pelo desarmamento de facas? Nem foco midiático houve! Se os culpados são os instrumentos, e não as pessoas que os utilizam, seria razoável estabelecer a mesma exigência. A culpa estaria na faca, tal como no revólver.
Seguindo o mesmo raciocínio, as mortes no trânsito, tendo como instrumento os automóveis, deveriam também levar a uma campanha pelo “desarmamento” dos carros, visando à sua proibição. Não seriam os motoristas que matam, e sim os veículos. Pense-se, por exemplo, no motorista que atropelou dezenas de ciclistas numa manifestação, também em Porto Alegre, em fevereiro de 2011. As imagens, divulgadas nacionalmente, demonstram que só a sorte explica a ausência de mortes. No início de julho, um motorista sem habilitação atropelou mais de 20
torcedores do Corinthians que comemoravam a conquista da Taça Libertadores da América.
Analogamente, a responsabilidade dos atos das pessoas que fumam não seria dos fumantes, mas das indústrias do setor. Pois, da mesma maneira, conta o instrumento, e não aquele que exerce essa escolha.
Todos esses casos mostram a desresponsabilização do agente, como se fosse um menor incapaz que não sabe o que está fazendo. Por via de consequência, deveria ser tutelado pelo Estado, que saberia o que é melhor para ele. Ora, se esse raciocínio fosse válido, deveríamos, então, passar ao controle das facas, instrumento mortal nas mãos de um assassino. Diga-se de passagem que, segundo os especialistas, um assassino que usa de faca é muito mais cruel do que o que se utiliza de um revólver.
Vejamos alguns dados extraídos do Small Arms Survey, um projeto de pesquisa do Graduate Institute of International and Development Studies, localizado em Genebra. Ele é uma referência importante em termos de informação pública sobre armas de pequeno porte e violência armada e serve como fonte de dados para governos, pesquisadores e ativistas. Os dados sobre homicídios são do United Nations Office on Drugs and Crime (ou seja, da ONU).
Existem 270 milhões de armas de fogo em mãos de civis nos EUA. Com esse número astronômico, o país é o primeiro colocado em armas de fogo em todo o mundo. Porém, no último ano, houve 9.146 mil homicídios com armas de fogo nesse país, isto é, 2,97 por 100 mil habitantes. A Suíça ocupa a terceira colocação em posse de armas por civis: tem 3,4 milhões. Em cada 100 pessoas, 45,7 possuem armas, praticamente a metade da população. No último ano houve 57 homicídios com armas de fogo no país. Isto é, 0,77 por 100 mil habitantes. Logo, não há nenhuma relação entre o número de armas de fogo em posse dos civis e homicídios.
O Brasil tem 14 milhões de armas de fogo em mãos civis. Em cada 100 pessoas, apenas 8 possuem armas. No entanto, o alto índice de homicídios por armas de fogo – 34.678 no último ano, ou 18,1 por 100 mil habitantes – desqualifica a tese segundo a qual “poucas armas, menos homicídios”. Do mesmo modo, os índices dos EUA refutam a tese de país belicista e violento. Se alguma inferência pode ser feita, é a seguinte: quanto mais armas, menos homicídios. No Brasil, as armas estão em poder dos bandidos – sem nenhum controle do Estado!
O grande problema dessa primazia do politicamente correto no Brasil é o tipo de recorte de notícias e comentaristas, numa espécie de intoxicação midiática.
Um crime como o cometido a facadas, cruel entre todos, mostra quanto algo aparentemente anódino e reservado a páginas policiais pode ganhar significação visto na perspectiva de elucidação do controle e tutela do cidadão.
I truly prize your work, Great post.
Excelente o artigo. Parabens.
Resposta simples.
Se voce fosse um marginal assaltaria casas onde estão
desarmadas ou armadas?
Simples né então quem quer nos ver desarmados é o etado assim eles podem roubar a vontade sem nossa reação.
Socorro deixem nós nos defender-mos..
Décio…
Prof. Denis Rosenfield,
Congratulações pelo seu artigo!
Absolutamente correto!
Não há como aplicar uma só ressalva!
Nossos inimigos não são pessoas, são espíritos.
Espíritos são imortais.
Nossa guerra é e sempre será eterna…
Parabéns pelo excelente artigo, muito claro e conclusivo. É uma pena que nosso País não forneça uma estatística correta no que se refere ao número de homicídios perpetrados com armas de fogo registradas… O resultado seria outro, sem dúvida, derrubando a tese do desarmamento da população.
A colocação é perfeita .
A midia responsável deve munir a população de informações completas , somente dessa forma
o público raciocina .
Excelente texto, mostra a nossa realidade, temos tantas asmas nas mãos de bandidos sem nenhum controle e com a lei do desarmamento faz aumentar o trafico de armas aqui no Brasil.
Gostaria de parabenizá-lo pelo artigo escrito “O Revolver e a Faca”.
Extremamente elucidativo, fundamentado e convincente.
Armas são instrumentos eficazes usados para garantir a lei e a ordem. Protegem autoridades, protegem políticos, mesmo que corruptos.
Protegem jogadores de futebol. É ou não é Sr. Romário e Sr. Galvão Bueno?
Armas protegem os bancos, protegem o Congresso Nacional, mesmo sabendo que lá também tem bandido…
Infelizmente estamos em um país onde os governantes não admitem que possamos defender a nossa casa a nossa família…
Temos é um verdadeiro festival de incompetência sendo vendido diariamente pela Rede Globo de Televisão.
Tenho pressentimentos que algo muito obscuro se esconde por trás destes pacifistas.
“Quando todas as armas forem propriedades dos governos ou dos bandidos estes decidirão de quem serão as outras propriedades” – Benjamim Franklin “Todos os profetas armados venceram e os desarmados foram destruidos” Niccolo Maquiavel
Se o crime violento deve ser coibido, somente as vítimas podem fazê-lo efetivamente. O bandido não teme a autoridade policial ou judiciária. Escarnece do sistema, pois, se preso e condenado, obtém tudo que quiser de dentro do cárcere e, muitas vezes, foge de maneira cinematográfica. Teme sim, as armas do policial – por isso se entrega. Logo, se temem as armas, que temam as vítimas armadas! Mas com o “Estatuto do Desarmamento” nada mais terá a temer… Voltando à filosofia do combate… Se um bandido lhe assalta e sobrevive, é razoável concluir que ele fará isso novamente. Ao submetermos à vontade do vagabundo, você não somente coloca sua vida em perigo, mas também colocam em risco as vidas de outras pessoas. E porque não de seus familiares. Se nossa política de segurança pública fosse realmente sábia e justa não desarmaria o cidadão idôneo. A sociedade tem serias dúvidas para se deixar conduzir por falácias como a de não reagir diante de uma situação de risco iminente. Se você estiver sob ataque potencialmente letal, não seja “bonzinho”. Seja duro! Seja áspero! Seja cruel!
Cornelius Tacitus, 116 D.C., “Quanto mais corrupto um governo, maior o número de leis contra a posse de armas”.
Alguém tem duvida sobre a corrupção no governo do PT?
(Tacitus: The Annais of Imperial Rome (trad. M. Grant 1956).
Perfeito, absolutamente racional. Pena que os racionais sejam poucos….
A essa altura do campeonato eu penso assim: se o Brasil está sedo dirigido pelos criminosos de brasília, também acho que as leis estão protegendo seus primos pobres no crime. Nunca vi criminoso ser tão protegido neste país, mas o cidadão honesto so tem um direito: pagar impostos mais caros do mundo e ser executado massivamete no silêncio sem direito a defesa, onde nem os canalhas de ONGs (direitos humanos) aparecem,muito suspeito!
Os objetivos dos desarmamentistas são apenas políticos. Este testo mostra com idéias e números a realidade. Se pensam em tirar armas da população deveriam também tirar facas, machados, bastões, bisturis, etc… Parabéns!
Onde leram “testo”, por favor leiam TEXTO.
Boa tarde.Estas pessoas que vêem na arma de fogo o principal meio de se cometer um crime,esquecem-se que quando o homem nem sonhavam com a fabricação de armas já haviam assassinatos de diversas formas.O crime não esta nas armas e sim em quem tem intenção de cometer este crime,e que não vai acabar tirando as armas dos cidadão de bem.Até mais e um grande abraço a todos os participantes do PLD.
Prezado Professor,
Meus parabéns, através do site do movimento “Pela Legítima Defesa” tomei conhecimento de seu esplendido artigo sobre revólveres e facas. Ademais vindo de um professor de filosofia! e de uma universidade federal ! Deus do céu… Como diriam os italianos “miracolo”! Se o Sr. tem razão no que tange ao tema central de seu artigo, haverá de concordar que mais razão ainda tem no que diz respeito a sua rápida referência , conquanto taxativa, no que diz respeito a mídia. Com efeito se, de fato, é o poder público no Brasil que cria o constrangimento ao cidadão, quem o engendra e manipula é, sem dúvida, a mídia. Esta, no Brasil, reza pelo único evangelho do politicamente correto. Seu artigo, aliás, só foi para um lavar a face, me parece. De qualquer forma seu inegável talento como escritor , merece todos os encômios. Meus parabéns! …Prepare um artigo sobre a intoxicação da mídia, certamente seria uma beleza!!! Parabéns!
José Orontes Pires Filho (OAB/PR – 11.994)
cópia para “Legítima Defesa”.
Perfeito!
Parabéns pela clareza de idéias.
Parabéns pelo excelente artigo, Professor Denis Rosenfield!!!
EXCELENTE ARTIGO, NADA A ACRESCENTAR, DISSE TUDO SOBRE TODOS.
I love your writing style genuinely loving this site.
Muito bom o artigo.
Lembra aquela história do homem que, flagrando a mulher e o amante na sala, resolveu vender o sofá para evitar futuras traições.
Parabéns pelo artigo. Lamentável que a mídia não nos possibilite oportunidades como possibilita aos anti armas de fogo.
Aproveito para perguntar se o companheiro teria dados do número de armas “per capita” nos EUA. Abraços fraternais.
O polticamente correto é uma imbecilidade. Desarmamento em hipoteses alguma. Como o cidadão poderá se defender se o Estado não está onipresente? Temos dois paises dentro do chamado Brasil. O país real e o país ideal. O Brasil politicamente correto existe numa fantasia dos pseudo intelectuais porque os demais “mortais” vivem no país real. O brasileiro é um povo contido que pode explodir a qualquer momento e quando em manada se comporta descontroladamente.
Muiiito Bommmmm artigo mais claro que este é impossível
parabens.
Infelizmente vivemos num país hipócrita, capitalista e cheio de ignorantes.
Parabéns pelo artigo.
OS números são interessantes:
EUA: 270 milhões de armas = 9.146 homicídios;
SUIÇA: 3,4 milhões de armas = 57 homicídios;
BRASIL: 14 milhões de armas = 34.678 homicídios, Contudo, não se pode avaliar apenas o número de homicídios e o instrumento utilizado, posto que, muitos desses “homicídios”, não são efetivamente homicídios, vez que muitos deles praticados em defesa da própria sociedade, pela própria Polícia ou cidadãos de bem, em defesa de sua própria vida.
Um belo exemplo é o de uma senhora de 86 anos que matou com três tiros um vagabundo que invadiu sua casa em Caxias do Sul-RS, esse fato, não teve muita repercussão, mas certamente deve ter sido contabilizado como “homicídio” por arma de fogo !! vide: http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-hoje/v/idosa-mata-assaltante-com-tres-tiros-no-rio-grande-do-sul/1987388/
Quem quer ver os cidadãos desarmados? Aquele que pretende usar a força das armas para dominar os cidadãos sem sofrer revide. Há grupos de interesse que gostariam de ver os cidadãos sem direito a possuir armas, unicamente para vender segurança. Não sei o que seria pior, se assaltado por um bandido armado ou espoliado por uma empresa que me venda segurança contra não sei quem ou o quê.
Muito bom, Professor!!
O Governo não ataca o maior matador nacional por razões político financeiras. mas ataca os motoristas, tirando-lhes o pão da boca! Veja lá se alguma transportadora dá carga de Porto Alegre a S. Paulo para um motorista que demore mais de 24 horas para cumprir o trecho.
O que apavora é a vaga hipótese do retorno do caudilhismo! Tem sentido isso?
Irritante essa “estoria” de desarmamento!