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    Rodrigo Couto // Do Correio Braziliense

    Brasília – Balanço parcial do Serviço Nacional de Armas (Senarm), órgão responsável pelo controle, emissão de registro e porte de armas de fogo no país, revela que o site da Polícia Federal (PF) recebeu, em 2008, pouco mais de 400 mil pedidos de recadastramento de artefatos, sem contar as solicitações que foram feitas nas delegacias da PF. O chefe substituto do Senarm, delegado Douglas Saldanha, comemora os números. “É positivo que muitos cidadãos se interessem em regularizar suas armas, contribuindo para reduzir a quantidade de armas frias no país”. Saldanha afirma que a estatística completa do recadastramento ficará pronta em março.

    Desde 1º de janeiro, quem estiver com armas de fogo sem registro na PF poderá ser enquadrado nos crimes de posse e porte ilegal, que preveem pena de detenção de um a dois anos e de dois a quatro anos, respectivamente, além de multa para ambos os casos. As pessoas que ainda possuírem o artefato sem registro não terão direito a legalizá-lo, mas têm a oportunidade de entregá-lo a qualquer delegacia da PF. Antes de transportar a arma, os interessados devem entrar no site da PF (www.dpf.gov.br) e preencher uma guia de trânsito. A medida evita transtornos, como a acusação de porte ilegal.

    O Ministério da Justiça prevê a liberação de R$ 10 milhões para a Campanha do Desarmamento este ano, além dos recursos previstos para 2008 que ficaram contingenciados. No ano passado, também foram reservados R$ 10 milhões para indenizar quem entregasse sua arma, mas apenas R$ 2,6 milhões foram usados.

    Críticas – Ao contrário da primeira campanha, realizada entre 2003 e 2005, quando foram entregues 446,8 mil armas em todo o país, a operação do ano passado teve bem menos sucesso, com o recolhimento de apenas 16.310 unidades.

    “Ou o governo se compromete, ou a iniciativa vai continuar com baixa adesão”, opina o coordenador do Programa de Controle de Armas da ONG Viva Rio, Antônio Rangel. O chefe substituto do Senarm, delegado Douglas Saldanha, explica que a PF trabalha com um passivo grande, além do pouco tempo do Estatuto do Desarmamento, sancionado em dezembro de 2003. “Os nossos esforços são contínuos e a campanha de entrega de armas não tem previsão para acabar”, diz.

    Fonte Diário de Pernambuco

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    POR CÉSAR DARIO MARIANO DA SILVA
    Desde a publicação do Estatuto do Desarmamento, o porte de arma de fogo pelos membros do Ministério Público e da Magistratura tem causado controvérsia. É que as Leis Orgânicas do Ministério Público da União (Lei Complementar 75/93), dos Estados (Lei 8.625/93) e da Magistratura (Lei Complementar 35/79) permitem o porte de arma de fogo de maneira genérica, ou seja, sem a imposição de qualquer condição.
    O Estatuto do Desarmamento, no seu artigo 6º, “caput”, diz expressamente que continuam em vigor os dispositivos da legislação especial que possibilitam o porte de arma de fogo para algumas categorias profissionais, dentre elas do Ministério Público e da Magistratura.
    Com isso, há abalizados entendimentos no sentido de que, como as Leis Orgânicas do Ministério Público e da Magistratura não limitaram ou condicionaram o porte de arma de fogo para seus membros, ele é irrestrito, podendo os promotores e procuradores de Justiça, bem como os procuradores da República e magistrados, portar qualquer espécie de arma de fogo, seja de uso permitido ou restrito.
    Não nos parece que esse seja o melhor entendimento.


Clique aqui e veja a íntegra

No dia 3 de dezembro último, o deputado Pompeu de Mattos pronunciou, na Câmara dos Deputados, um discurso apelando para que o governo prorrogasse por mais um período o prazo para recadastramento de armas. Naquela ocasião ele afirmou que “pelos dados divulgados, apenas 107 mil armas foram recadastradas, sendo que destas cerca de 55 mil são armas antigas que não tinham documentação. As outras pouco mais de 50 mil, em sua maioria, são armas de empresas de segurança”.

Conclui o seu discurso fazendo um apelo às autoridades pela prorrogação do prazo de recadastramento, no que ele não foi atendido, e denunciando a principal causa do fracasso do recadastramento que, segundo ele, foi a “desconfiança do cidadão, que não percebe nas autoridades um real interesse pelo recadastramento, pois, o foco da propaganda ainda se fixa no desarmamento”.

Eis nos, novamente, diante de um problema: os dados são muito imprecisos, pois segundo alguns, há aproximadamente 15 milhões de armas espalhadas pelo Brasil. Outros dizem que é bem menos, e nisso as autoridades também o admitem, que seriam aproximadamente 4 a 5 milhões. Um governo que por um decreto lança na ilegalidade milhões de brasileiros, ou indica incompetência, ou pior, má fé. Se admitirmos que 4 milhões foram lançados na ilegalidade, significa que 2,22% da população honesta e trabalhadora do Brasil, hoje, passou a ser fora da lei!

Leia a notícia abaixo e vamos escrever ao Deputado pedindo-lhe que entre com um projeto de anistia para todos aqueles que ainda não recadastraram suas armas.

    Data: 03/12/2008
    Orador: Pompeo de Mattos
    Sumário: Discurso do dep. Pompeo de Mattos avalia o inexpressivo número de armas de fogo recadastradas em 2008.

    Texto:

    [img:pompeodemattos.jpg,full,alinhar_esq_caixa]Sr. presidente, Srs. parlamentares:

    Venho a esta tribuna às vésperas do fim do prazo estipulado pela Lei Federal nº 11.706, para o recadastramento de armas de fogo no país, para anunciar publicamente, defender a prorrogação dos prazos. A Lei foi resultado de um longo e exaustivo trabalho desta Casa, da qual participei ativamente, relatando 2 medidas provisórias em 2007, a 379 e 394, que acabaram não logrando aprovação em face da votação da CPMF, pois, o governo optou por revogar uma e editar outra, o que levou o Supremo Tribunal Federal a suspender a tramitação.

    Assim, nesta sessão legislativa de 2008 o governo publicou a Medida Provisória 417 para reabrir os prazos para recadastramento. Tive a grata oportunidade de contribuir com o relator desta MP, deputado Tadeu Filipelli (PMDB), que valorizou todo trabalho que produzi nas MPs anteriores, com o auxílio de muitos parlamentares desta Casa, além dos mais diversos seguimentos da sociedade. O texto final da MP nº 417, acabou por absorver grande parte do trabalho que realizamos resultando na Lei Federal nº 11.706.

    Infelizmente, todo o trabalho realizado não teve a continuidade desejada, por alegadas dificuldades operacionais, mas principalmente pela falta de foco com que o recadastramento foi tratado. Basta ver que o governo priorizou a campanha pró-desarmamento em detrimento de uma política de conscientização da importância do recadastramento e da segurança jurídica para quem buscasse a regularização de sua arma. Foram gastos, segundo dados divulgados, cerca de R$ 6 milhões de reais em uma campanha acanhada, que praticamente não encontrou eco. Esperava-se uma campanha pró-recadastramento minimamente equivalente aquela desenvolvida pelo governo no passado em favor do desarmamento.

    Para não ficar no campo da retórica e das conceituações é importante avaliar os números do recadastramento visando entender a necessidade da prorrogação dos prazos. Pelos dados divulgados, apenas 107 mil armas foram recadastradas, sendo que destas cerca de 55 mil são armas antigas que não tinham documentação. As outras pouco mais de 50 mil, em sua maioria, são armas de empresas de segurança. Ou seja, a adesão ao recadastramento foi muito baixa. Mesmo que haja divergências enormes nas estimativas de armas irregulares – Fala-se em 15 milhões, mas o governo que admitia estimava 10 milhões, hoje reconhece apenas 5 milhões – é inegável que o número de pouco mais de 100 mil armas recadastradas é decepcionante.

    Tais números são o resultado da regulamentação tardia, da falta de infra-estrutura para atender o cidadão, principalmente, as poucas delegacias de Polícia Federal no país.

    Já no caso de registro de arma nova, outro problema constado é o número insuficiente de instrutores para ministrar cursos e provas de tiro. Só para ilustrar essa carência, posso citar o caso do Estado de São Paulo, que não celebrou convênios com instrutores habilitados para a realização dos exames. Apenas 2 instrutores precisam atender todos os interessados em comprar uma arma, o que faz com que o interessado em comprar uma arma tenha que aguardar quase um ano para registrar uma arma.

    Infelizmente, portanto, a burocracia ainda dificulta o recadastramento. Mas tão grave quanto as dificuldades operacionais é a desconfiança do cidadão, que não percebe nas autoridades um real interesse pelo recadastramento, pois, o foco da propaganda ainda se fixa no desarmamento.

    Apelo às autoridades, ao diretor de Polícia Federal, o valoroso gaúcho Luiz Fernando Corrêa e o ministro da Justiça, também, gaúcho, Tarso Genro, para que submetam ao senhor presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, uma proposta de prorrogação do prazo para recadastramento de armas, que se estenda até o final de 2009.

    POMPEO DE MATTOS

    Deputado Federal – PDT – RS

Quem é o Deniz Mizne para pontificar como se fosse autoridade? Será que ele já esqueceu a “sova” que ele levou nos debates anteriores ao referendo, bem como a derrota amarga que sofreu com os resultados?

    Portal Terra
    BRASÍLIA – Os donos de armas de fogo que não fizerem o recadastramento durante a campanha que se encerra em 31 de dezembro não deverão ter uma nova chance. A posição é defendida por entidades como o Instituto Sou da Paz, que não recomenda a reedição da campanha. – Não podemos dar a eles uma anistia infinita – afirma o diretor executivo do instituto, Denis Mizne, em relação à isenção das taxas e testes psicotécnicos concedida nesta campanha.
    A própria Polícia Federal não cogita uma nova mobilização para a regularização de armas de fogo, sob o argumento de que a pessoa que não recadastrou ou não renovou ainda poderá entregar a arma à PF, sem responder por crime e mediante indenização. A entrega permanente foi prevista na medida provisória (MP) 417, que modificou o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003). A MP também instituiu o dia 31 como prazo final da campanha e liberou os donos das taxas e de exames.
    Denis Mizne afirma que todas as facilidades possíveis já foram concedidas para incentivar o recadastramento. Segundo ele, mais de 90 entidades da Rede Desarma Brasil apoiaram que tais requisitos fossem retirados neste período da campanha. No entanto, ele diz que não será mais possível conceder benefícios.
    - Apoiamos que se retirasse excepcionalmente estes requisitos de taxas, neste primeiro momento de renovação, desde que se mantivesse posteriormente. Não interessa a ninguém que se continue renovando cadastros de forma absolutamente descontrolada, sem testes. A menos que algum grupo esteja tentando boicotar a atual campanha para garantir facilidades permanentes – disse. Mizne também defende a manutenção da credibilidade do Estatuto do Desarmamento e o resultado obtido com o referendo de 2005. – As pessoas que num primeiro momento defenderam a manutenção da venda de armas agora precisam colaborar também com a elaboração de um controle eficiente – afirmou, defendendo a elaboração de um banco de dados completo sobre o registro de armas no país, começando pelo cadastro unificado que a PF vem fazendo

Se quiser escrever para o Sou da Paz clique aqui.

Outrora, dizia-se que a segurança pública é direito de todo cidadão e dever do Estado. Agora Eles estão dizendo que é dever de todo cidadão. Se é dever, eles deveriam possibilitar os meios para o exercício deste dev er, ou seja que o cidadão tivesse o direito de ter e portar armas de defesa.

Leiam o artigo da Heather Sutton, creio que esta participante do Sou da Paz, que esteve em debates representando o ex-deputado Greenhalgh.

Vejam o artigo publicado em A Tarde, de Salvador, e deixem o comentário no próprio jornal.

    [img:ATardeOnLine.jpg,full,alinhar_esq_caixa]
    Segurança pública é dever de todo cidadão brasileiro
    Heather Sutton*

    Todos os dias quase 100 brasileiros perdem suas vidas por causa de uma arma de fogo. Tragicamente, a grande maioria são jovens de 15-25 anos, principalmente afro- descendentes das periferias das grandes metrópoles. Num esforço para mudar esta realidade, inúmeras organizações da sociedade civil se juntaram com deputados e senadores para aprovar o Estatuto do Desarmamento em 2003. O Estatuto – lei de controle de armas vigente no país – tem como objetivo reduzir cada vez mais estas tragédias, diminuindo o número de armas em circulação e aumentando o controle sobre aquelas armas que continuarão nas mãos da população. Neste sentido, o Estatuto proibiu o porte de armas, centralizou o registro e criou a primeira campanha de Entrega Voluntária de Armas que foi responsável por tirar 469 mil armas de circulação. De acordo com o Ministério de Saúde, este conjunto de medidas foi fundamental para uma queda em 12% dos homicídios por arma de fogo no país entre 2003 e 2006.

    No mesmo viés, este ano foi aprovada a Medida Provisória 417 que visa reduzir ainda mais a quantidade de armas em circulação com a extensão permanente da campanha de Entrega Voluntária de Armas. Além disso, a medida aumenta o controle, determinando que aqueles que não entregarem suas armas devem registrá-las junto à Policia Federal até 31 de dezembro, ou cair na ilegalidade.

    Durante a primeira campanha de 2004-2005, quando chamados à entregar suas armas, os cidadãos o fizeram em grandes números fazendo sua contribuição para a segurança pública no país. Em 2008 e 2009 as organizações da sociedade civil que compõem a Rede Desarma Brasil (composto por mais de 70 organizações em 20 estados brasileiros que tem trabalhado para consolidar o desarmamento no país), estão se mobilizando para tornar a segunda campanha de entrega um sucesso como a primeira. As organizações da Rede estão trabalhando – cada uma em um canto do país – para articular parcerias entre o estado e a sociedade civil, montar novos postos de recolhimento e disseminar as informações para a população. Nos meses de outubro, novembro e dezembro a Rede Desarma Brasil organizou eventos, caminhadas, debates e reuniões em mais de 10 estados para difundir a campanha. Algumas cidades, como Londrina e Recife já contam com postos de recolhimento funcionando, montados por organizações da sociedade civil. Clique aqui e veja a continuação deste artigo e deixei o seu comentário no próprio jornal.

    Heather Sutton é coordenadora do Instituo Sou da Paz, em São Paulo*

    Comissão aprova pena para posse irregular de peças de armas
    Bernardo Hélio

    [img:Mauro_Lopes_bh_1MED.jpg,full,alinhar_esq_caixa]O deputado Mauro Lopes modificou as penas inicialmente propostas.
    A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou na terça-feira (2) proposta que torna crime a posse ou o porte ilegal de equipamentos de uso exclusivo para defesa policial e militar, além de peças e componentes de armas de fogo e explosivos. O texto altera o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03).

    A lei considera crime o porte e a posse ilegal de armas e explosivos, mas não de suas peças e componentes. O estatuto também não tipifica como crime o uso de equipamentos militares ou policiais exclusivos, como silenciadores e coletes à prova de balas.

    “O fato de não ser tipificada a posse ou o porte de tal tipo de material encoraja os delinqüentes a utilizarem equipamentos de uso exclusivo para defesa policial e militar, a produzirem munição sem qualquer tipo de controle estatal e a realizar o transporte de explosivos desmontados ou por etapas”, argumenta Neucimar Fraga (PR-ES), autor do projeto de lei aprovado pela comissão (PL 146/07).

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    EUA
    Quarta, 26 de novembro de 2008, 11h18
    Vitória de Obama provoca corrida a lojas de armas
    Kevin Connolly
    Leia no original publicado no portal da Terra

    A eleição do democrata Barack Obama para a Presidência dos Estados Unidos parece estar preocupando os donos de armas do país, que temem que o setor passe a ser regulamentado por leis mais rígidas.

    Em algumas áreas, aumentou em 50% a venda de armas de uso militar, como a russa AK-47, tipo de armamento que poderia ser alvo de restrições pelo novo governo.

    Até agora, no entanto, o presidente eleito não deu sinal de que pretenda atacar diretamente o forte lobby de armas americano. Em um discurso em outubro, ele chegou a garantir que não iria retirar rifles e revólveres de seus donos.

    Mas os lobistas do setor preferem se lembrar do episódio em que Obama foi gravado secretamente em uma conversa, dizendo que em certas áreas dos Estados Unidos as pessoas estavam se agarrando a suas armas e a sua religião por raiva das mudanças que estavam ocorrendo no país.

    Direito

    Na escola de tiros Top Gun, na periferia de Houston, no Texas, o funcionário Jeff Trometer é um dos que vê com desconfiança o novo presidente. “Ele não gosta de armas, não gosta de quem tem armas e já fez tudo o que pode para restringir nossos privilégios”, diz.

    Uma das alunas, Jessica, é uma mãe solteira que vinha querendo aprender a atirar faz tempo e agora se apressou temendo que novas leis viessem a impedi-la de portar uma arma.

    “Como mãe solteira, não consigo me imaginar sem um revólver para proteger a minha casa. Serei uma mãe mais confiante sabendo que se alguém entrar na minha casa eu e meu filho saberemos o que fazer: atirar para matar”, conta.

    O comportamento de pessoas como Jessica é uma das respostas mais reveladoras à vitória de Obama nas últimas semanas.

    Mas o direito dos americanos de portar armas é fundamentado na Segunda Emenda da Constituição do país. Portanto, o presidente tem limitações quanto ao que poderia fazer, mesmo tendo o apoio da maioria do Senado e da Câmara dos Representantes.

    Qualquer mudança na legislação teria que ser branda, como por exemplo, restringir a comercialização de certos tipos de armas e alguns tamanhos de cartuchos de munição.

    Para os entusiastas dos armamentos, esse direito constitucional significa também que o equilíbrio de forças entre governantes e governados é diferente nos Estados Unidos em relação a qualquer outro país desenvolvido.

    “Se começam a atacar nossas liberdades fundamentais, alguém mais pode chegar e dizer que você não tem o direito de falar o que pensa. E aí, um dia, de repente, todos os seus direitos podem desaparecer”, diz o funcionário Jeff Trometer.

    Está claro que se um dia Obama decidir encarar de frente o problema das armas no país, ele vai encontrar os donos de armas, como sempre, prontos para o combate.

    BBC Brasil

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Tem saído muitas notícias que mostram o esforço que a PF está aplicando para convencer a opinião pública ao recadastramento de armas que em alguns lugares chamam simplesmente de desarmamento.

    Notícias sobre: estatuto do desarmamento

    João Neder
    Diário da Manhã – Goiânia – Goiânia,GO,Brazil
    … porque é urgente a ação preventiva de busca a suspeitos, momento agora que se tem o Estatuto do Desarmamento como instrumento legítimo para desarmar os …

    Araucarienses devem legalizar o registro de armas de fogo
    Bem Parana – Curitiba,PR,Brazil
    Então, as autoridades públicas decidiram estender o prazo do trabalho para que os indivíduos possam estar de acordo com o Estatuto do Desarmamento, …

    Campanha itinerante da PF busca armas em Rondônia
    Jornal Rondoniagora – Porto Velho,Rondônia,Brazil
    … que termina o prazo para regularização dessas armas no próximo dia 12 de dezembro, conforme prevê a Lei 10826/03 do Estatuto do Desarmamento. …

    Jornal Opção
    “A PM tem atacado a Polícia Civil”
    Jornal Opção – Goiânia,GO,Brazil
    Um deles e que gera graves problemas é o Estatuto do Desarmamento, que simplesmente não funcionou, assim como não vai funcionar a Lei Seca. …

    Leia integra no Portal Terra

    Polícia
    Domingo, 23 de novembro de 2008, 11h50

    Márcia Brasil

    O delegado Marcos Dantas, chefe da Divisão de Repressão ao Tráfico de Armas da Polícia Federal, informou que metade das armas e munições que entram ilegalmente no Brasil têm como destino as favelas e morros controlados por facções criminosas e grupos paramilitares do Rio de Janeiro.

    Os outros 50% seguem para São Paulo, onde integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) redistribuem o armamento para todo o País, incluindo a capital fluminense.

    “São Paulo é um grande entreposto, onde traficantes do PCC alugam ou vendem fuzis, metralhadoras e munições que são usados em assaltos a bancos e carros-fortes no interior do País. Criminosos paulistas também enviam entre 10% e 15% das armas para o Rio. O restante é usado nas ações de crime realizadas no próprio Estado de São Paulo”, disse Dantas.

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O Governo decidiu agora divulgar com grande destaque na mídia o recadastramento de armas. Veja a notícia publicada em OESP. Saiu também em outros jornais e na TV

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    Clique aqui e veja a notícia na fonte
    Iniciativa da PF foi motivada pela volta da punição com prisão e multa para posse e porte ilegal, a partir de janeiro

    Rodrigo Pereira

    Para registrar as armas de moradores de comunidades isoladas ou distantes de grandes centros urbanos, a Polícia Federal vai promover caravanas pelos rincões do Brasil. A missão da Campanha Nacional do Desarmamento e Regularização de Arma de Fogo é organizar o cadastro unificado. Foi motivada pela proximidade do fim do prazo para a atualização dos dados – a partir de 1º de janeiro, a posse e o porte sem registro voltam a ser punidos com prisão de até 4 anos e multa. Duas experiências de interiorização, uma no Paraná e outra no Acre, inspiraram o recadastramento in loco em todos os Estados.

    A ações foram apresentadas pelo Serviço Nacional de Armas (Senarm) em forma de cartilha aos representantes de todas as Superintendências da PF, em reuniões em Brasília no mês passado. “A gente sempre teve essa idéia, mas esbarrava na falta de recursos humanos”, disse o chefe do Senarm, delegado Marcos Vinícius da Silva Dantas. A solução encontrada foi firmar parcerias com pequenas prefeituras. “Elas se comprometem a ceder instalações, funcionários e a ajudar na divulgação”, explicou. À PF cabe designar um servidor para coordenar os trabalhos.

    No Paraná, dois policiais foram destacados para percorrer dez municípios na região de Cascavel. Em 22 dias, entre julho e agosto, cadastraram 4.213 armas de agricultores de 70 cidades, quase três vezes mais que as 1.669 armas registradas pelas outras delegacias do Estado e número superior ao total de São Paulo (3.646) e Rio (3.935) do início do ano até outubro. “O custo para a PF foi zero, e para a União foi apenas o da diária dos agentes”, disse o chefe da delegacia de Cascavel, Algacir Mikalovski.

    O modelo paranaense será repetido em regiões com boa infra-estrutura rodoviária. No início de novembro, na região de Foz do Iguaçu foram 1.048 armas registradas em dez dias. O Distrito Federal e Santa Catarina já começaram a interiorização nesses mesmos moldes.

    Para os Estados do Norte, onde predomina o transporte fluvial, será seguida a cartilha acreana. Lá foram priorizadas operações de barco para registrar armas de seringueiros, ribeirinhos e indígenas. Em uma comunidade, servidores do Tribunal de Justiça, do Tribunal Regional Eleitoral e da Secretaria Estadual da Saúde acompanharam os policiais por 18 dias. Além do registro das armas, a operação emitiu 70 certidões de nascimento, 137 títulos eleitorais e foram aplicadas 440 doses de vacinas no Vale do Juruá.

    Três operações registraram 3.785 espingardas de “caçadores de subsistência”. A quarta etapa da campanha foi iniciada no dia 12 e vai passar por 22 comunidades do Acre e Amazonas – até ontem já haviam sido registradas mais de 900 espingardas. “É muito mais barato que uma ação de contra-resposta a uma invasão de madeireiros ou contra traficantes”, disse o superintendente da PF no Acre, Luiz Cravo Dórea.

    Essas ações, rotineiras da PF, não custam menos que R$ 50 mil por envolver uso de aeronaves. “Já a interiorização é uma operação que vale muito a pena pelo retorno social. São R$ 18 mil por 45 dias”, afirmou Dórea. Essas incursões fortalecem o setor de inteligência da PF, com mapeamento por GPS e detalhamento das fronteiras.

    CRÍTICAS

    Embora elogiada por interiorizar o recadastramento das armas, a PF foi criticada pelo presidente do Instituto Sou da Paz, Décio Mizne, por não ter firmado convênio com as polícias estaduais. Ele diz também que o Estatuto do Desarmamento não apresenta resultados expressivos na grandes cidades.

    Mizne teme manobras do Congresso para mudar o Estatuto, que, desde 2004, foi alterado sete vezes. Projeto de Lei prevê recadastramento a cada 10 anos e não a cada 3. “Isso pode fazer perder a credibilidade de uma lei, que mostrou resultados como a diminuição de 12% no número de mortes”, disse Mizne. “São 5 mil vidas por ano.”

    Em sua primeira fase, entre 2004 e 2005, a Campanha do Desarmamento recolheu 453 mil armas. A ação foi retomada neste ano, em caráter definitivo, e coletou mais 15.564 armas. O governo federal gastou R$ 41,1 milhões com indenizações de R$ 100 a R$ 300 por arma. O Senarm informou que já protocolou minuta no Ministério da Justiça sobre convênios com polícias estaduais.