Mais três casos de legítima defesa. Reação de vítimas a tentativa de roubo resultam na morte dos criminosos.
Não deixem de ler o oportuníssimo artigo do Prof. de Filosofia da UFRGS, Denis Lerrer Rosenfield, a respeito da corajosa reação da Sra. Odete, de 86 anos, que matou o ladrão que invadiu seu apartamento em Caxias-RS. Ela desobedeceu a lei e por isso está viva. Com grifos nossos.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,dona-odete–e-voce-,887704,0.htm
No final do artigo há o e-mail do autor para mensagens.
Idoso de 84 anos reage e mata ladrão que invadiu seu sítio em Mogi das Cruzes.
Os assaltantes renderam a mulher do agricultor e tentaram entrar em casa. Um dos ladrões disparou e o agricultor revidou; três conseguiram fugir.
Link da notícia.
Idoso de 72 anos reage, toma arma do ladrão e acerta o meliante.
Link da notícia.
http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=300012
Em Pelotas-RS, cidadão reage, acerta criminoso e outros três fogem.
Segue relato da própria vítima, que por razões de segurança, teve seu nome preservado neste blog.
“No dia 25/05/2012 eu estava na praia do Laranjal na cidade de Pelotas onde resido quando percebi que quatro elementos em duas motos passaram cuidando meu carro por duas vezes. Quando estava me preparando para ir embora eles retornaram e os dois caronas pularam das motos cercando meu carro; o da direita bateu com o cano do revólver no vidro gritando perdeu, perdeu. Minha reação foi imediata, peguei meu revolver que estava de baixo do tapete atrás do meu banco e atirei acertando o marginal no peito e ele atirou em mim também, quando virei os outros estavam vindo em
direção do carro e atirei neles também, por sorte deles não acertei, me apresentei na policia na segunda feira dia 28/05 e vou responder pela morte do vagabundo e pelo porte, mas estou tranquilo.”
Noticia do Diário Popular da cidade de Pelotas, publicado em 28/05/2012
Descoberto que homicídio em Pelotas foi resultado de um assalto.
Agentes da 2ª Delegacia de Pelotas, coordenados pelo delegado Rafael Lopes, elucidaram, nesta segunda-feira (28/5), o homicídio de Helison Cardoso Florêncio, de 19 anos, na madrugada dessa sexta-feira (25/5), na praia do Laranjal. De acordo com a polícia, a vítima, junto com comparsas, pretendia assaltar um carro parado na beira da praia, quando o ocupante do carro reagiu e disparou, matando-a.
O acusado apresentou-se na delegacia, e irá responder em liberdade.
Fonte: 2ª Delegacia de Pelotas – Dyeison Martins
Dona Odete e você
O Estado de São Paulo, 18 de junho de 2012.
Denis Lerrer Rosenfield
Dona Odete tem 87 anos, usa bengala e tem dificuldade para ouvir e enxergar. Precisa de óculos e aparelho auditivo, desfazendo-se deles ao deitar. Mora sozinha, no 2.º andar de um prédio, em Caxias, no Rio Grande do Sul. Tudo nela aparenta uma pessoa indefesa, não fossem a força de vontade que a habita e sua capacidade, intacta, de defender a sua vida, de exercer numa situação-limite a liberdade de escolha.
Ademais, dona Odete é uma pessoa religiosa, que costuma rezar todos os dias, acreditando em Deus e louvando-o, como é a regra em pessoas de fé. O seu pensamento tem, portanto, uma relação com o absoluto, procurando nele se elevar. Pode-se dizer que dona Odete é uma pessoa comum no sentido conservador do termo, nada a predispondo a nenhum tipo de violência.
Ora, é essa mulher que foi exposta a uma situação completamente inusitada, devendo, hoje, responder a um processo por homicídio e por porte ilegal de arma. Provavelmente, terá de ir a júri, salvo se um juiz (e/ou um promotor) sensato der um basta à insensatez a que está submetida. Diga-se que os policiais não são tampouco responsáveis por essa situação, na medida em que devem seguir a lei. Caberia, então, a pergunta: Qual lei? Qual a sua inspiração, os ditos direitos humanos e o politicamente correto irmanados na injustiça?
Dona Odete dormia quando foi acordada pelos ruídos de um estranho que tinha entrado em seu apartamento. Na verdade, ele o invadiu a partir do telhado de uma escola vizinha, tendo de lá pulado para a janela de sua sala. Ao ver uma senhora indefesa dormindo, não prestou maior atenção, pois não via nela “perigo” algum.
Digamos, uma banalidade, pois às vezes uma banalidade é cheia de significação, considerando principalmente o Brasil de hoje, onde criminosos são tratados com máxima consideração pelos ditos representantes dos direitos humanos, enquanto suas vítimas são relegadas ao esquecimento.
O bandido portava uma faca, que certamente não seria usada para descascar batatas. Não iria, evidentemente, preparar uma janta para a senhora. Trazia consigo uma arma branca que seria utilizada segundo sua própria conveniência. Aliás, a sua força física também jogava a seu favor, pois a senhora acordada, movendo-se sem óculos e sem seu aparelho auditivo, foi quase estrangulada.
Note-se, além disso, que tal indivíduo já tinha sido condenado pela Justiça e estava sob liberdade provisória. Ele tinha uma ficha corrida policial, enquanto a senhora, como se dizia antigamente e se deveria dizer atualmente, é uma pessoa de bem.
Ocorre que dona Odete tinha em seu apartamento um revólver calibre 32, herdado de sua família, arma que estava guardada há mais de 35 anos. Ou seja, segundo a legislação brasileira, ela detinha uma posse ilegal de arma de fogo. Deveria ter entregue sua arma numa dessas campanhas do desarmamento, ficando literalmente desarmada, como uma cidadã dócil ao Estado e aos ditos direitos humanos. Hoje, estaria num caixão, esquecida por todos, salvo por seus familiares. A situação é a seguinte: se obedecesse à lei, estaria morta; desobedecendo-a, conseguiu sobreviver.
De posse do revolver “ilegal”, reagiu à investida do invasor e conseguiu acertá-lo com três tiros, matando-o naquele instante. Ato seguinte, telefonou para seus familiares, que acionaram a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que, quando chegaram, se depararam com o quadro da senhora e de seu algoz, que, no chão, já não apresentava mais nenhum perigo.
Ocorre que a dona Odete nada mais fez do que usar o seu direito de legítima defesa, exercendo a sua liberdade de escolha numa situação-limite, a que se faz entre a vida e a morte. Assinale-se, aqui, o exercício da liberdade de escolha, traduzindo-se pela conservação de sua própria vida. Mas, para que esse direito possa ser exercido, são-lhe necessários os seus instrumentos e condições correspondentes, no caso, uma arma.
O esdrúxulo da situação é que dona Odete terá de responder por homicídio e por posse ilegal de arma. Ela, ao se defender, ao optar por sua própria vida contra um bandido, é legalmente acusada. A alternativa é: ou ela está certa e a lei está errada (exigindo a modificação desta) ou a lei está certa e ela deveria estar morta. A alternativa é excludente.
Imaginem, agora, se o bandido a tivesse estrangulado ou matado a golpes de faca. Certamente não seria preso em flagrante e estaria perambulando pelas ruas. Se preso, responderia por seu processo em liberdade e sempre teria à sua disposição um defensor público, além de algum representante dos ditos direitos humanos que sairia em seu socorro. Hipótese tanto mais plausível se tivesse a habilidade de inventar uma boa história de vítima social, tornado a sua vítima – a idosa assassinada – uma mera consequência de sua condição. O assassino seria a vítima e a verdadeira vítima, um mero número de um registro policial. Os direitos humanos não seriam para ela, nem morta, de nenhum auxílio.
Sempre haverá uma estatística do politicamente correto para colocar o criminoso como vítima inocente das armas de fogo. Será “esquecido” que foi ele que invadiu uma moradia, habitada por uma senhora idosa, para roubar ou matá-la, segundo as circunstâncias. Teria sido a arma de fogo que o matou. Pretensa conclusão: torna-se ainda mais necessária uma campanha do desarmamento, pois as armas continuam produzindo vítimas!
Dona Odete pode ser você. Desarmado, sem nenhuma condição de exercer o legítimo direito à defesa de sua própria vida, em sua própria casa. Você está numa situação ilegal, caso tenha uma arma não registrada. E registrá-la, além de caro, é uma operação raramente bem-sucedida. A lei, nessa circunstância, não o protege. Em caso de encontrar um bandido em sua casa, renda-se a ele, entregue a sua própria vida, abdique da liberdade de escolha.
É essa a mensagem do politicamente correto? Renunciar à liberdade de escolha?
PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRGS. E-MAIL: DENISROSENFIELD@TERRA.COM.BR
José Luiz de Sanctis – Coordenador Nacional
UM EXEMPLO DE CORAGEM
O dia 09 de Junho de 2012 ficará marcado para sempre na memória daqueles que valorizam a bravura e a coragem. Na noite desta data, um sábado, uma idosa de 87 anos de idade, moradora de Caxias do Sul/RS, abateu a tiros um conhecido bandido de sua região, solto há pouco tempo, com enorme ficha de passagens criminais por assalto, arrombamentos e roubos.
Após arrombar o pequeno apartamento da idosa viúva, o marginal foi surpreendido por uma pessoa aparentemente frágil e indefesa, mas que, contrariando os maus conselhos dos falsos moralistas e dos entreguistas, professores de plantão do desarmamento, não entregou sua arma: um antigo revólver calibre .32 SWL, daqueles de cano longo, herança do falecido marido. Não era para menos e sem razão esta sua cautela, o prédio já havia sido arrombado diversas vezes e continuava a ser alvo de ladrões; os mesmos vagabundos que nada querem produzir, detestam o trabalho e, como vampiros, vivem à custa do suor alheio, preferindo as facilidades do crime…Os mesmos “desassistidos e injustiçados pela sociedade”, “os discriminados”, amplamente defendidos pela camarilha dos Direitos Humanos, mas que nunca se preocupam com os direitos e a defesa dos Humanos Direitos!
Essa senhora, que por força da natureza não veste calças, deu uma bofetada na cara dos “especialistas” em defesa, dos maus policiais que, arvorados em sua própria covardia e que são a vergonha do seu uniforme e distintivo, recomendam sempre aos seus cidadão – os mesmos que pagam os impostos que geram o seu salário do erário público – que “não reajam nunca” , na mais vergonhosa apologia ao coitadismo e rendição incondicional a sanha dos criminosos.
Essa idosa, sim senhor, 87 anos, não se rendeu ao crime! Recusou ser uma vítima que se ajoelha esperando pela clemência e piedade de um criminoso! Ela deu uma bofetada na cara de todo aquele que defende a rendição incondicional do cidadão honesto e cumpridor da Lei. E, o mais importante: era uma gaúcha! Sim, o exemplo tinha de partir do Sul,mas não pela mão de um homem, não senhor! Os homens hoje, em sua maioria, não passam de eunucos acovardados e conformados com teorias de pacifismo covarde e rendição, de entreguismo e desarmamento. Tudo em nome do bem estar da marginália que infesta nossas ruas e se encontra acampada em nossas praças e cidades, assistida por um poder público, incapaz, inerte, covarde e que, covardemente também recomenda a covardia como regra para seus cidadãos!
Hoje, os valentes e bravos são taxados de loucos e politicamente incorretos. A população sofre com uma lavagem cerebral que recomenda sempre fugir, nunca reagir ou se comportar como ovelhas para preservar a vida. A vida de quem? Do lobo bandido? Quem tem o direito de ensinar nossas crianças que bravura é feio e covardia é bonita?
Parabéns a essa anciã que nos deu um exemplo imortal: reagir sempre? Não! Pois grandes Generais já se renderam com exércitos inteiros quando não havia mais condições de combate! Mas reagir sempre que houver uma chance? Sim! Porque o cidadão não tem apenas o direito, mas o dever de reagir, pois quando você não reage nunca, não apenas comete uma forma passiva de suicídio, como também incentiva futura ações do criminoso!
A vida é uma luta eterna e aquele que não estiver disposto a lutar, não merece a vida! Por mais doloroso que isto possa parecer, temos de confessá-lo!
Henrique A. Nogueira
Comerciante e Entusiasta do Tiro
Montenegro.RS
Audiência Pública- Dep. Edio Lopes ataca duramente o Viva Rio
Muito bem colocada a posição/comentário do Sr. Deputado Edio Lopes.
Abraços.